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A Era Vargas

A Era Vargas representa um dos períodos mais marcantes e complexos da história política, econômica e social do Brasil. Iniciada em 1930 com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder após um golpe de Estado, essa era abrangeu diferentes fases, desde o Governo Provisório até o Estado Novo e seu segundo mandato presidencial democrático.

Durante esse tempo, Vargas deixou um legado significativo, implementando reformas trabalhistas, promovendo a industrialização do país e consolidando seu poder por meio de um regime autoritário.

No entanto, sua liderança também foi marcada por crises políticas, tensões sociais e controvérsias, culminando no trágico desfecho de seu suicídio em 1954.

ERA VARGAS no Brasil

Neste artigo, exploraremos os principais aspectos e impactos da Era Vargas no Brasil, analisando suas realizações, contradições e legado para a história do país.

Veja o que abordaremos aqui:

Índice:

Quem foi Getúlio Vargas?

Getúlio Vargas foi um político brasileiro que exerceu um papel fundamental na história do Brasil do século XX. Ele nasceu em 1882, no estado do Rio Grande do Sul, e começou sua carreira política como deputado estadual.

Vargas ganhou destaque nacional quando foi nomeado interventor no estado do Rio Grande do Sul durante a Revolução de 1930, que levou à sua ascensão ao poder. Em seguida, ele assumiu a presidência do Brasil, primeiro como chefe do Governo Provisório (1930-1934) e depois como presidente constitucional (1934-1937). Durante esse período, ele implementou uma série de reformas políticas, econômicas e sociais, incluindo a legislação trabalhista e a industrialização do país.

Em 1937, Vargas dissolveu o Congresso Nacional e instaurou um regime autoritário conhecido como Estado Novo, que durou até 1945. Durante esse período, ele governou com mão de ferro, controlando rigidamente a política e a sociedade brasileira.

Após um breve período fora do poder, Vargas foi eleito presidente novamente em 1951. Seu segundo mandato foi marcado por turbulências políticas e econômicas, culminando em sua renúncia e subsequente suicídio em 1954, em meio a uma crise política.

A influência de Getúlio Vargas na história brasileira é imensa. Ele é lembrado por suas políticas populistas, suas reformas trabalhistas e seu estilo de governo autoritário. Sua imagem continua a ser objeto de debate e controvérsia no Brasil até os dias de hoje.

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O que foi a ERA VARGAS no Brasil?

A Era Vargas refere-se ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil, compreendendo dois mandatos presidenciais distintos: o primeiro, de 1930 a 1945, e o segundo, de 1951 a 1954. Esta foi uma fase crucial na história brasileira, marcada por mudanças significativas nas políticas econômicas, sociais e políticas do país.

Durante a primeira fase da Era Vargas (1930-1945), Vargas chegou ao poder por meio de um golpe de Estado, derrubando a República Velha e encerrando quase três décadas de domínio oligárquico no Brasil. Vargas implementou uma série de reformas, incluindo a criação de leis trabalhistas, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e medidas de industrialização e modernização do país.

No entanto, também governou de maneira autoritária, estabelecendo um regime de governo conhecido como Estado Novo em 1937, que suprimiu liberdades civis e políticas.

A segunda fase da Era Vargas (1951-1954) começou quando Vargas foi democraticamente eleito presidente. Durante este período, ele enfrentou desafios políticos e econômicos, incluindo pressões da oposição e crises internas. O período culminou no suicídio de Getúlio Vargas em 1954, após uma série de protestos e escândalos políticos.

Em resumo, a Era Vargas marcou um período de transformação e turbulência no Brasil, com impactos duradouros nas estruturas políticas, sociais e econômicas do país.

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Quais os antecedentes que deram origem à Era Vargas no Brasil?

A Era Vargas teve suas origens em uma série de eventos e condições socioeconômicas que marcaram o Brasil no início do século XX. Alguns dos principais antecedentes que deram origem a esse período incluem:

1. Crise da República Velha:

A República Velha (1889-1930), caracterizada pelo domínio político das oligarquias agrárias, estava em crise devido à crescente insatisfação popular com a corrupção, a manipulação eleitoral e o predomínio dos interesses das elites rurais sobre a população urbana e trabalhadora.

2. Tenentismo:

O movimento tenentista surgiu na década de 1920 como uma reação ao status quo político da República Velha. Os tenentes, jovens oficiais militares insatisfeitos com a política oligárquica, lideraram uma série de revoltas e levantes militares em busca de reformas políticas, sociais e econômicas.

3. Crise Econômica e Descontentamento Social:

A década de 1920 foi marcada por crises econômicas, como a queda dos preços do café (principal produto de exportação do Brasil na época), que afetaram duramente a economia brasileira e contribuíram para o descontentamento social.

4. Golpe de 1930:

A crise política e econômica culminou no golpe de Estado de 1930, liderado por Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul, em uma aliança com setores militares descontentes e oligarquias regionais. Esse golpe derrubou o presidente Washington Luís e pôs fim à República Velha.

Esses são apenas alguns dos principais antecedentes que deram origem à Era Vargas no Brasil. A ascensão de Getúlio Vargas ao poder marcou o início de uma fase de transformação política, econômica e social no país, com impactos duradouros na sua história.

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Quais as fases da Era Vargas no Brasil?

A Era Vargas no Brasil pode ser dividida em três fases distintas:

1. Governo Provisório (1930-1934):

Este período começou com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder após o golpe de Estado que derrubou o presidente Washington Luís. Durante o Governo Provisório, Vargas consolidou seu poder, promovendo reformas políticas, econômicas e sociais.

Ele instituiu políticas de intervenção do Estado na economia, como a criação do Conselho Nacional do Café, e lançou as bases para a legislação trabalhista futura. Além disso, Vargas promulgou uma nova Constituição em 1934, que estabeleceu o voto secreto, a ampliação dos direitos trabalhistas e a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

2. Estado Novo (1937-1945):

Esta fase é caracterizada pela centralização do poder nas mãos de Vargas e pelo autoritarismo do Estado. Em 1937, Vargas dissolveu o Congresso Nacional, fechou os partidos políticos e deu um golpe de Estado, instituindo o Estado Novo.

Durante esse período, o governo Vargas manteve um controle rígido sobre a sociedade e reprimiu a oposição política. Foram implementadas políticas de censura, perseguição política e supressão de direitos civis.

No entanto, também houve avanços econômicos e sociais, como a consolidação das leis trabalhistas através da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o incentivo à industrialização do país.

3. Segundo governo democrático (1951-1954):

Esta fase começou com a eleição de Getúlio Vargas para um segundo mandato presidencial, desta vez de forma democrática. Durante este período, Vargas enfrentou desafios políticos e econômicos, incluindo pressões da oposição e crises internas.

Ele buscou equilibrar as demandas dos diversos setores da sociedade brasileira, mas enfrentou crescente oposição política e tensões sociais.

O governo de Vargas chegou ao fim em agosto de 1954, quando ele se suicidou diante de uma série de crises políticas e acusações de corrupção, deixando um legado complexo na história do Brasil.

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Quais as mudanças que GetúlioVargas implementou no Brasil?

Getúlio Vargas implementou uma série de mudanças significativas no Brasil durante a sua longa presença no poder, que incluiu o período do Governo Provisório (1930-1934), o Estado Novo (1937-1945) e seu segundo governo democrático (1951-1954). Aqui estão algumas das principais mudanças associadas a sua liderança:

1. Reformas Trabalhistas e Sindicalismo:

Durante o Governo Provisório, Vargas instituiu uma série de medidas em prol dos trabalhadores, como a regulamentação das horas de trabalho, a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e a consolidação das leis trabalhistas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943. Essas ações visavam melhorar as condições de trabalho e fortalecer o sindicalismo no país.

2. Políticas de Industrialização:

Vargas buscou promover a industrialização do Brasil como meio de reduzir a dependência do país em relação às exportações agrícolas. Durante a Era Vargas, foram tomadas medidas para incentivar a produção industrial, como a criação do Conselho Nacional do Café e a implementação de políticas de substituição de importações.

3. Estado Novo e Autoritarismo:

Em 1937, Vargas dissolveu o Congresso Nacional, fechou os partidos políticos e instaurou o Estado Novo, um regime autoritário. Durante esse período, Vargas centralizou o poder, promoveu a censura, reprimiu a oposição política e manteve controle rígido sobre a sociedade.

4. Política Externa e Participação na Segunda Guerra Mundial:

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Vargas inicialmente adotou uma política de neutralidade, mas, em 1942, o Brasil entrou no conflito ao lado dos Aliados. A participação do Brasil na guerra teve impactos significativos na economia e na política interna, além de fortalecer a posição do país no cenário internacional.

5. Populismo e Política Social:

Durante seu segundo governo, Vargas adotou medidas populistas para ganhar apoio popular. Investiu em políticas sociais, como a criação da Petrobras em 1953, e buscou um equilíbrio entre as demandas da classe trabalhadora e dos setores empresariais.

É importante notar que o legado de Getúlio Vargas é complexo e polarizado. Suas ações tiveram impactos duradouros na sociedade brasileira, influenciando as estruturas políticas e econômicas do país.

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Como foi o fim e o Suicídio de Getúlio Vargas?

O fim da Era Vargas foi marcado por um dos eventos mais dramáticos da história política brasileira: o suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954. A crise que culminou nesse trágico desfecho teve suas raízes em uma série de eventos políticos e sociais que abalaram o Brasil durante o segundo mandato de Vargas como presidente.

Nos anos que antecederam sua morte, Vargas enfrentou crescente oposição política e pressões de diversos setores da sociedade brasileira. A oposição acusava seu governo de corrupção, autoritarismo e manipulação política. Além disso, o país enfrentava uma crise econômica e social, com inflação crescente, greves e manifestações populares.

Em meio a essas tensões, ocorreu o episódio conhecido como “Atentado da Rua Tonelero” em 5 de agosto de 1954, no qual o jornalista Carlos Lacerda, um dos principais críticos de Vargas, foi baleado e seu segurança, o Major Rubens Vaz, morto. O atentado gerou uma crise política e uma onda de protestos contra o governo.

Pressionado pela oposição, por setores militares e por uma parte da opinião pública, Vargas decidiu renunciar à presidência em 24 de agosto de 1954. No seu último discurso, transmitido pelo rádio, Vargas denunciou a pressão política e afirmou que “só ao povo é dado o direito de me julgar”. Poucas horas depois, Vargas cometeu suicídio com um tiro no coração em seu quarto no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

O suicídio de Vargas chocou o país e teve repercussões profundas na política brasileira. Sua morte marcou o fim de uma era na história do Brasil, mas seu legado complexo continuou a influenciar os rumos do país nas décadas seguintes.

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Outras fontes de estudo:

Veja aqui toda a Matéria do ENEM

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